domingo, 12 de janeiro de 2014

VERÃO - Cuidado com os acidentes na água

"Domingo, praia, sol, água. Quer combinação melhor do que essa? Mas todo cuidado é pouco quando se trata de água. O afogamento é uma das maiores causas de acidentes principalmente em crianças. Atenção deve ser redobrada, principalmente quando estes baixinhos estiverem se deliciando nas praias e piscinas".

Afogamento
É difícil estimar com certeza o número exato de afogamentos, já que muitos não são informados. Acredita-se que o afogamento seja a segunda causa de morte acidental, a primeira seria o acidente de trânsito. Ocorre predominantemente com indivíduos jovens, de forma que 64% das vítimas têm menos de 30 anos de idade e 26% estão abaixo dos cinco anos. O sexo masculino é acometido mais que o feminino. Já a incidência de quase-afogamento é 500 a 600 vezes maior que a de afogamento. Esses acidentes ocorrem principalmente em áreas nas quais é importante a prática de atividades recreativas na água, mas até a piscina doméstica e a banheira podem ser palcos de eventos letais.

O afogamento é a asfixia que ocorre devido à aspiração de líquido que venha inundar o aparelho respiratório (pulmões), levando à morte. Há interrupção da oxigenação do sangue e da eliminação de gás carbônico, que se acumula no organismo. O quase-afogamento representa a situação na qual a pessoa sobrevive ou é ressuscitada pelo resgate. Em alguns casos, o indivíduo não morre afogado, mas a morte ocorre devido a problemas respiratórios devidos à aspiração de líquido ou a infecções adquiridas, é o chamado "afogamento secundário" ou "tardio".

A pessoa apresenta queda da temperatura do corpo, distensão da barriga, tremores, dores musculares, náuseas e vômitos. É claro que esses sintomas referem-se ao quase-afogamento, já que a pessoa não morreu. O indivíduo pode apresentar-se em parada cardíaca.

Um fator a ser destacado é que o consumo de álcool está bastante associado à ocorrência de acidentes de submersão (afogamento, quase-afogamento). Portanto, o abuso dessa substância pode predispor a esses acidentes.

O mais importante é a prevenção. Recomendam-se as seguintes medidas:

• Bebês: nunca devem ser deixados sozinhos no banho, nem por poucos segundos enquanto a mãe se vira para pegar uma toalha.

• Crianças: além do exposto acima, os pais devem estimulá-las a assumir responsabilidade por sua própria segurança. Elas devem aprender a nadar e a boiar e a identificar situações perigosas. Os pais devem estar sempre próximos, quando elas estiverem na água.

• Adultos: devem estar atentos a suas limitações, especialmente quando suas capacidades estiverem comprometidas pelo uso de drogas (medicamentos, bebidas). Evite nadar sozinho em áreas não supervisionadas ou onde não se conheça as condições locais. Quando pego por uma corrente, nadar em diagonal, e não contra a corrente e, pedir por socorro.

Nos últimos anos houve uma redução do número de mortes por afogamento, no Brasil, o que pode dever-se a uma melhoria dos serviços de salvamento aquático, com maiores investimentos em prevenção. Embora essa função seja de um profissional, o salva-vidas, qualquer pessoa pode ter que tomar uma atitude frente a uma emergência dessas. Entretanto, as pessoas não treinadas podem se expor também a um risco de morte. Algumas dicas são importantes, para que uma pessoa preste um atendimento inicial até a chegada da equipe de salvamento ou resgate:

• Ao identificar um caso de afogamento, não tente nada heroico, chame por socorro;

• Se não houver tempo para aguardar o socorro, procure por alguém próximo que tenha experiência com a água, por exemplo, um surfista;

• A prioridade do resgate não é retirar a pessoa da água e sim fornecer a ela um material de apoio, podendo ser qualquer material que flutue, ou então transportá-la até um local onde ela possa ficar de pé;

• Quando estiver próximo à vítima, tente conversar com ela e peça que ela vire-se de costas para você. Tente também acalmá-la;

• Após fornecer um material de apoio, aproxime-se da vítima. Evite que a vítima o agarre. Essa situação é grave, pois o socorrista e a vítima podem acabar se afogando;

• Transportar a vítima até um local seguro, fora da água. Iniciar a aplicação dos primeiros socorros, como a respiração boca-a-boca, compressões torácicas, etc. De preferência, procure-se informar sobre como realizar essas manobras.



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