terça-feira, 14 de janeiro de 2014

PEDICULOSE - Piolho na escola, o que fazer?

Vi uma matéria em que uma professora foi apenada em R$ 10 mil por dizer "que uma aluna tinha caspa". O TJ MG na sentença considerou que a abordagem da docente não foi adequada causando "dor, sofrimento e humilhação" e assim arbitrou sentença condenando-a por "dano moral". 

Em comparação, penso que ver uma criança na escola sofrendo com piolhos, por exemplo, é de dar dó, pois esse inseto causa feridas no couro cabeludo,  afetando-lhe moralmente, psicologicamente e no aprendizado. 


O piolho é minúsculo, mas poderoso. Capaz de provocar coceira intensa e, com ela, o início de uma infecção que irá comprometer a saúde da criança, se não for combatida de modo adequado. E o pior é que ele vem atormentando a humanidade há uma eternidade! Acredite: piolho já foi encontrado em múmias egípcias de mais de três mil anos. E a pediculose, doença provocada por ele, é mencionada até em textos da Bíblia.

No combate ao inseto cientificamente chamado de pediculus humanus capitis, talvez o mais difícil de lidar seja o preconceito que desperta. Como vive no couro cabeludo e é transmitido facilmente pelo contato direto, basta às crianças se agruparem para criar o ambiente de infestação. Quem tem pouca informação sobre piolho, tenta explicar o problema, associando à falta de higiene. Nada mais falso. Porque piolho também se faz notar nos cabelos lavados todos os dias. 

Ocorre que o problema só tende a piorar com o passar dos dias prejudicando a saúde da pessoa infestada e a de todos que estão próximos. 

O que fazer para combater o ‘vilão’ de modo inteligente e com atenção especial para a criança infestada na escola? 

Na sala de aula a intervenção do professor para auxiliar o aluno afetado é absolutamente necessária, bem como a comunicação de sua família sobre o problema. Porém, deve o educador agir de modo ético e estratégico para não despertar constrangimentos, humilhação, comportamentos preconceituosos e o "bullying". 

Vale a pena instruir os filhos, os alunos a se servirem apenas dos objetos que são de uso pessoal dela - escovas, pentes, tiaras, bonés, capacetes, travesseiros, lenços de cabeça etc. É a única maneira de evitar o contato com o objeto que passa de mão em mão, facilitando a transmissão do piolho.


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